quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ato pelo emprego e produção reúne milhares em São Paulo

Representantes da CUT pediram a adoção de medidas que garantam o crescimento também nos estados e respeito aos direitos dos trabalhadores




Milhares de trabalhadores participaram na manhã desta quarta, 4, do Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego, promovido por entidades sindicais e empresariais na Assembleia Legislativa de São Paulo. O protesto, que teve entre seus organizadores a CUT, reivindica a proteção ao emprego e à produção nacional e integra série de atividades que estão sendo realizadas em várias capitais brasileiras.

Ocorrida um dia após o governo federal anunciar ações econômicas para estimular o crescimento (como a redução de tributos e a desoneração da folha de pagamento das empresas, entre outras), a manifestação foi além ao focar também na necessidade de políticas estaduais. O presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, defendeu a adoção de medidas que garantam o emprego e a produção na indústria de São Paulo – como um Plano São Paulo Maior, a exemplo do Plano Brasil Maior. Entre os vários setores que sofrem com a concorrência desleal dos importados no Estado está o de eletrodomésticos (como o polo de São Carlos produtor da linha branca) e o têxtil.


Sérgio Nobre, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ponderou que o anúncio feito ontem pela presidenta Dilma Rouseff não teria ocorrido se não fosse a pressão realizada em conjunto pelo movimento sindical e os empresários. "Sabemos que é necessário mobilizar e negociar, como fizemos. Mas é importante também que os trabalhadores/as estejam na rua para pressionar".


Já o presidente da CUT nacional, Artur Henrique, acrescentou que o Grito de Alerta reúne setores empresariais e representantes sindicais, mas em nenhum momento será admitida a redução ou flexibilização de direitos dos trabalhadores. "O governo federal mostrou ontem que está trabalhando pela indústria nacional e os empregos, mas os governos estaduais também precisam colaborar, promovendo com uma redução geral de alíquotas de ICMS para aumentar vendas e estimular os investimentos da indústria", completou. Além disso, Artur observou que, apesar do anúncio feito ontem, é preciso ainda reduzir a taxa de juros e realizar a reforma tributária.

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